Supostos sequestradores de jogador equatoriano não pediram resgate
Os supostos sequestradores do lateral equatoriano Pedro Perlaza, que joga no Delfín e já defendeu a seleção do país, não pediram um resgate pelo jogador, que desapareceu há três dias, informou nesta quarta-feira (4) o prefeito da cidade de Esmeraldas (noroeste), Vicko Villacís.
"Não houve um pedido de resgate ou qualquer dinheiro. Realmente não se sabe o que aconteceu", declarou Villacís ao programa Visionarias, transmitido pela internet.
O prefeito acrescentou que o jogador "foi convidado para comer" em Atacames, cidade balnear vizinha a Esmeraldas.
Uma pessoa próxima a Perlaza, natural de Esmeraldas, onde atuam facções criminosas, declarou à imprensa sob anonimato que o lateral disse no domingo: "vou para casa, vou descansar".
"Foi a última vez que tivemos contato com ele e depois disso não soubemos de mais nada", disse.
Perlaza, de 33 anos, tem três convocações pela seleção equatoriana, todas quando era dirigida pelo técnico argentino Gustavo Alfaro (2020-2023). O lateral também foi campeão nacional pelo Delfín (2019), seu atual clube, e pelo Aucas (2022).
Na terça-feira, a polícia informou na rede social X que familiares de Perlaza apresentaram uma denúncia pelo seu "suposto desaparecimento involuntário".
Diego Velasteguí, chefe da polícia de Esmeraldas, disse nesta quarta-feira a jornalistas que a unidade especializada em sequestros, extorsões e homicídios está à frente do caso.
O Equador enfrenta nos últimos anos um aumento da violência ligada ao narcotráfico. A taxa de homicídios no país passou de seis para cada 100 mil habitantes em 2018 para 47 em 2023.
F.Bellezza--LDdC