La Domenica Del Corriere - Tina Turner, a lendária rainha do rock, morre aos 83 anos

Tina Turner, a lendária rainha do rock, morre aos 83 anos

Tina Turner, a lendária rainha do rock, morre aos 83 anos

A cantora americana Tina Turner, considerada uma lenda do rock, que eletrizou plateias desde os anos 1960, morreu aos 83 anos nesta quarta-feira (24), depois de uma longa enfermidade.

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"É com grande tristeza que anunciamos o falecimento de Tina Turner", informou uma publicação na página oficial no Instagram da cantora, oito vezes ganhadora do Grammy.

"Com sua música e sua paixão sem medida pela vida, ela encantou milhões de fãs ao redor do mundo e inspirou as estrelas do amanhã", prosseguiu a nota.

"Hoje, damos adeus a uma querida amiga, que nos deixa todo o seu maior trabalho: sua música. Toda a nossa compaixão vai para sua família", acrescentou o texto, antes de concluir:

"Tina, vamos sentir saudades".

O assessor da cantora, Bernard Doherty, confirmou a notícia, que disse ter privado o mundo de "uma lenda da música e um exemplo".

Doherty informou que Tina Turner morreu após uma longa doença em sua casa em Kusnacht, perto de Zurique, na Suíça, país onde ela viveu seus últimos anos.

Ele não deu detalhes sobre a doença.

A cantora alcançou a fama inicialmente ao lado do marido, Ike Turner, há mais de seis décadas.

O casal gravou uma série de sucessos ao longo dos anos 1960 e 1970, em uma parceria musical na qual ela claramente demonstrou ter mais talento.

Depois que seu casamento conturbado e violento chegou ao fim, em 1976, Tina seguiu uma frutífera carreira solo, emplacando sucessos como "What's Love Got to Do With It?", "Private Dancer" e o icônico "The Best".

Seu sucesso, "We Don't Need Another Hero", fez parte da trilha sonora do thriller pós-apocalíptico "Mad Max - Além da Cúpula do Trovão", de 1985, protagonizado por Mel Gibson.

Uma década depois, ela se juntou à seleta lista de artistas ao interpretar um tema dos filmes sobre o espião James Bond, com "Goldeneye".

- "Rainha do rock e do soul" -

As reações à sua morte foram imediatas.

A Casa Branca lamentou a morte de Tina, que representa uma "perda enorme" para a cultura dos Estados Unidos.

"É uma notícia incrivelmente triste. Tina Turner era um ícone, um ícone da música", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, acrescentando ser, pessoalmente, "uma grande fã" de Turner.

A também cantora Gloria Gaynor usou o Instagram para enaltecer a carreira da colega.

"Estou tão, tão triste por saber do falecimento da icônica Tina Turner, a lenda que abriu o caminho para tantas mulheres no rock, negras e brancas", escreveu.

"Sua falta será sentida profundamente", prosseguiu.

O vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger, lamentou a perda de "uma artista e cantora imensamente talentosa".

"Ela era inspiradora, acolhedora, divertida e generosa. Ela me ajudou muito quando era jovem e nunca vou esquecê-la", acrescentou.

Seu companheiro de banda, o guitarrista Ronnie Wood, referiu-se a Turner como "a Rainha do Rock, do Soul e uma amiga querida".

A lenda do basquete Magic Johnson publicou uma foto com a cantora, com a legenda: "uma das minhas artistas favoritas de todos os tempos".

O ator Forest Whitaker elogiou "sua voz, sua dança e seu espírito".

Mas ele também enalteceu a capacidade da cantora de reagir, em uma alusão aos problemas que enfrentou para pôr fim ao casamento com Ike.

"Enquanto a homenageamos, vamos também refletir sobre sua resiliência e pensar em toda a grandeza que pode se seguir aos nossos dias mais sombrios. Obrigado por compartilhar seus talentos conosco, Tina", escreveu.

O cantor inglês Rick Astley tuitou: "Que mulher, que vida, que voz! Uma das GRANDES!", enquanto a Nasa (agência espacial americana) declarou que seu "legado permanecerá para sempre entre as estrelas".

M.Renzulli--LDdC