La Domenica Del Corriere - 'Pelé' se torna verbete de popular dicionário da língua portuguesa

'Pelé' se torna verbete de popular dicionário da língua portuguesa
'Pelé' se torna verbete de popular dicionário da língua portuguesa / foto: Miguel SCHINCARIOL - AFP/Arquivos

'Pelé' se torna verbete de popular dicionário da língua portuguesa

"Pelé", o apelido do legendário ex-jogador brasileiro, é a partir, desta quarta (26), uma das mais de 167.000 palavras incluídas no dicionário Michaelis, um dos mais populares da língua portuguesa.

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O apelido de Edson Arantes do Nascimento, falecido em dezembro de 2022 aos 82 anos, é usado coloquialmente no Brasil como sinônimo de extraordinário, mas a partir de agora poderá ser utilizado oficialmente pelos mais de 265 milhões falantes do idioma.

"A expressão que já era usada para se referir ao melhor naquilo que faz está eternizada nas páginas do dicionário!", celebrou a Fundação Pelé em uma mensagem no Instagram.

A palavra "Pelé", descrita no Michaelis como um adjetivo, é definida como "excepcional, incomparável, único".

"Que ou aquele que é fora do comum, que ou quem em virtude de sua qualidade, valor ou superioridade não pode ser igualado a nada nem a ninguém", como Pelé®, apelido de Edson Arantes do Nascimento (1940-2022), considerado o maior atleta de todos os tempos", se lê na versão online do dicionário.

O Michaelis também concede alguns exemplos de seu uso: "Ele é o pelé do basquete, ela é a pelé da dramaturgia brasileira, ele é o pelé da medicina".

No momento, o vocábulo apenas está disponível na versão digital do glossário, acompanhado do símbolo de marca registrada, ainda que a empresa pretenda incluí-lo em suas futuras edições impressas.

A Academia Brasileira de Letras (ABL), que rege o português no Brasil, onde vivem 215 milhões de lusófonos, não introduziu a palavra em sua versão digital.

A iniciativa "Pelé no dicionário" recolheu mais de 125.000 assinaturas em um mês e meio, segundo seus organizadores, e ocorre em momentos em que a América do Sul ainda homenageia o único jogador tricampeão mundial (1958, 1962 e 1970), falecido em 29 de dezembro, em São Paulo, por complicações de um câncer de cólon.

O Brasileirão e as Copas Libertadores e Sul-Americana realizam minutos de silêncio antes do início das partidas em honra ao homem que internacionalizou o futebol do Brasil.

S.Esposito--LDdC