EUA diz ter bombardeado alvos rebeldes huthis no Iêmen
O exército americano anunciou, neste sábado (21), ter bombardeado instalações militares dos rebeldes huthis em Saná, capital do Iêmen, horas depois de os insurgentes reivindicarem o disparo de um míssil contra o centro de Israel, que deixou 16 feridos leves.
Os ataques foram lançados contra "uma instalação de armazenamento de mísseis e um centro de comando operados pelos huthis, apoiados pelo Irã", anunciou o Comando Central dos Estados Unidos para o Oriente Médio (Centcom) pela rede X.
O Centcom assegurou, ainda, que tinha derrubado drones rebeldes e mísseis de cruzeiro sobre o Mar Vermelho.
A emissora Al Massirah, afiliada aos huthis, reporto que um "ataque" teve como alvo o setor de Attan, em Saná. Um correspondente da AFP ouviu explosões na capital iemenita, que está nas mãos dos rebeldes.
Na madrugada deste sábado, os huthis reivindicaram o disparo de um "míssil balístico hipersônico Palestina 2" contra "um alvo militar do inimigo israelense" no setor de Jaffa, no sul de Tel Aviv.
Os huthis, que controlam boa parte do Iêmen, lançaram mísseis contra Israel em várias ocasiões desde o início da guerra em Gaza, há mais de um ano.
A maioria é neutralizada, mas desta vez o exército israelense explicou pela plataforma Telegram que identificou "um projétil lançado do Iêmen e efetuou tentativas frustradas" de interceptação.
As equipes de emergência receberam um alerta às 3h48 locais (22h48 de sexta-feira, horário de Brasília) sobre o ataque em Jaffa.
O serviço Magen David Adom, equivalente à Cruz Vermelha em Israel, informou que atendeu "16 pessoas levemente feridas por pedaços de vidro das janelas quebradas em prédios próximos" à região de queda do projétil.
Em um comunicado, os huthis afirmam que o ataque foi uma resposta aos "massacres contra nosso povo em Gaza" e "uma retaliação pela agressão israelense ao [seu] país".
Os huthis também atacam com frequência embarcações que têm relação, segundo eles, com Israel, Estados Unidos ou Reino Unido no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, apesar dos ataques do exército israelense, às vezes com ajuda das forças britânicas.
Os huthis integram o chamado "eixo da resistência", uma rede de organizações vinculadas ao Irã e hostis ao Estado de Israel, que inclui o Hezbollah libanês, o Hamas palestino e o regime sírio deposto de Bashar al Assad.
A.Dodaro--LDdC