La Domenica Del Corriere - Os ventos de Santa Ana, um fenômeno que reacende os incêndios em Los Angeles

Os ventos de Santa Ana, um fenômeno que reacende os incêndios em Los Angeles
Os ventos de Santa Ana, um fenômeno que reacende os incêndios em Los Angeles / foto: Jonathan WALTER, David LORY, Renata MARTINS - AFP

Os ventos de Santa Ana, um fenômeno que reacende os incêndios em Los Angeles

Os incêndios de Los Angeles são favorecidos pelos ventos de Santa Ana, um fenômeno meteorológico que seca as colinas ao ponto de inflamá-las.

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Estes fortes ventos ocorrem quando o ar frio se acumula nos estados vizinhos de Nevada e Utah. À medida que esta massa de ar se desloca para o oeste e, depois, às montanhas da Califórnia, ela se aquece e seca.

- Vegetação seca e propagação das chamas -

Os ventos de Santa Ana podem criar as condições para incêndios florestais mortais ou alimentá-los depois de ganharem força, secando a vegetação.

Foi assim que eles agravaram o fogo na área de Palisades, com 9.500 hectares queimados, e o incêndio de Eaton, que chegou a 14.000 hectares, soprando chamas e brasas quentes na vegetação seca que ainda estava intacta.

Enquanto os bombeiros continuaram combatendo as chamas, o Serviço Nacional de Meteorologia previu um "comportamento extremo do fogo", ao ser exposto a ventos de até 110 quilômetros por hora em uma "situação particularmente perigosa (PDS, na sigla em inglês)" desde a manhã de terça-feira.

- Ar mais quente e seco -

Os ventos de Santa Ana são comuns entre setembro e maio, por séries de vários dias.

Quando um sistema de alta pressão se forma sobre os desertos do leste da Califórnia, ele empurra o ar em direção à costa do Pacífico.

À medida que o ar desce pelas montanhas de Santa Ana e Sierra Nevada e sopra pelos vales, se comprime, aquece e fica mais seco.

Há muito tempo, o sul da Califórnia recebe ventos quentes e secos que provocam a queda de árvores e criam nuvens de poeira. Em 2017, o incêndio Thomas foi provocado pelos ventos de Santa Ana e destruiu mais de mil estruturas.

Na semana passada, estes ventos atingiram uma intensidade não vista desde 2011, com rajadas de até 160 km/h, de acordo com meteorologistas.

A.Famiglietti--LDdC